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  • Foto do escritorProf.ª: Patrícia Walessa

1º ANO- PET VOL.2 GEOGRAFIA - 4 SEMANAS

Atualizado: 5 de jul. de 2020

SEMANA 1 - TEMA: DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS.


EIXO TEMÁTICO:

Mutações no mundo natural.

Caro(a) estudante! Nessa semana você vai reconhecer os principais domínios morfoclimáticos brasile


iros (Domínio Amazônico, do Cerrado, da Caatinga, dos Mares de Morros, da Araucária e das Pradarias), além das áreas de transição (Pantanal, Mata de Cocais e Mangues), identificando suas características naturais, bem como seu uso e ocupação.

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS...

Os domínios naturais correspondem às grandes paisagens naturais do Brasil, também chamadas de domínios morfoclimáticos, conforme os conceitos estabelecidos pelo geógrafo Aziz Ab’Saber. Cada um desses domínios é resultado da integração entre os diferentes elementos naturais, como as formas de relevo, os tipos de vegetação e de solo, as condições climáticas e a hidrografia, e suas características particulares em cada porção do território brasileiro.

Entre os grandes domínios naturais Ab’Sáber identifica faixas de transição não diferenciadas, marcadas pelas combinações variadas dos elementos característicos dos domínios contíguos. Assim, numa faixa de transição entre dois domínios, é possível observar espécies vegetais e condições climáticas de ambos.

Domínio Amazônico: É o mais extenso dos domínios naturais do país, caracterizado pelas terras baixas, o que inclui, além da planície do Rio Amazonas, as depressões e os planaltos rebaixados que a delimitam; pelo predomínio do clima equatorial, que apresenta temperaturas elevadas e pequena amplitude térmica durante o ano e altos índices pluviométricos; e pela floresta equatorial amazônica, formação vegetal densa e bastante diversificada que constituiu um dos ecossistemas mais ricos do planeta. A bacia hidrográfica Amazônica é o maior do mundo, e o Rio Amazonas, além de ser o mais

extenso, é também o rio com maior vazão d’água da Terra.

O desmatamento para exploração da madeira ou em função do avanço da fronteira agropecuária do país já consumiu extensas áreas de floresta, principalmente em Rondônia, Mato Grosso, sul e sudeste do Pará, Tocantins e Maranhão, configurando o que é chamado de “arco do desmatamento”. Nestas áreas, a floresta vem cedendo espaço a pastagens, cultivos como a soja ou terras improdutivas. Outra ameaça é a exploração dos recursos minerais. Além dos grandes projetos como Carajás e Trombetas, inúmeros garimpos contribuem para a derrubada da floresta e para o assoreamento e contaminação dos rios por materiais tóxicos, como o mercúrio.

Domínio do Cerrado: Se estende pelas chapadas e planaltos do Brasil Central, nas áreas de clima tropical típico com duas estações bem marcadas: inverno seco e verão úmido. O cerrado também aparece em manchas isoladas no oeste de São Paulo e em áreas da Amazônia. A vegetação do cerrado é uma combinação de formações rasteiras e arbustivas com espécies arbóreas de pequeno porte. As árvores e os arbustos apresentam galho e troncos retorcidos, raízes profundas e casca grossa, que constitui elemento fundamental para a regeneração de muitas espécies após incêndios, comuns nestas áreas. Estima-se que o cerrado abriga cerca de 5% da biodiversidade do planeta. Além disso, mais da metade das suas espécies vegetais arbóreas e arbustivas são endêmicas, ou seja, res-

tritas àquela área. No conjunto da vegetação do cerrado é possível distinguir os campos limpos, campos sujos, campo cerrado e cerradão. Após a construção de Brasília intensificou-se a ocupação e o aproveitamento econômico do cerrado, favorecido pela abertura de estradas ligando a região Centro-Oeste às demais regiões do país. As técnicas de correção e melhoria dos solos permitiram uma rápida expansão das monoculturas mecanizadas de soja e de algodão, o que provocou o desaparecimento

de quase dois terços da área original do Cerrado.

Domínio da Caatinga: No clima semiárido, predomina ao longo da depressão sertaneja do Vale do Rio São Francisco, com médias térmicas elevadas e pluviosidade baixa e irregular. O pequeno volume de chuvas resulta em solos pouco desenvolvidos e pedregosos, além de contribuir para a presença de rios intermitentes. A vegetação é uma associação de espécies arbustivas, rasteiras e xerófitas adaptadas às condições do solo e do clima. Representa um dos biomas mais afetados pela ocupação e expansão econômica nas últimas décadas. Entre as ameaças verificadas destacam-se a expansão da agropecuária e a extração de lenha para a produção de carvão vegetal. Duas consequências visíveis do desmatamento e do uso de técnicas agrícolas inadequadas são a salinização do solo e a tendência à desertificação.

Domínio dos Mares de Morros: Se estende pelos planaltos interiores do Sudeste e pelas encostas atlânticas úmidas. É a área de ocorrência da floresta tropical, Mata Atlântica. Sua forma de relevo mais característica são os morros arredondados resultantes do intemperismo sobre as estruturas cristalinas dos planaltos e serras do Atlântico. A floresta tropical ocupava quase a totalidade da área desse domínio, entre os estados litorâneos da porção oriental do país e faixas mais úmidas. Estima-se que a Mata Atlântica abriga cerca de 25% das espécies vegetais do planeta. Desde o período colonial a região

teve ocupação e exploração econômica intensa. Ainda no séc. XVI, a exploração de pau-brasil provocou o primeiro grande desmatamento no território brasileiro, que continuou nos séculos seguintes com a expansão dos canaviais no litoral e os cafezais no interior. A urbanização é um outro fator que explica a retirada da vegetação nativa, restando hoje apenas 10% da vegetação original.

Domínio das Pradarias: O menor dos domínios naturais do país em área ocupa o extremo sul do território, numa região conhecida como Campanha Gaúcha. Suas principais características são a cobertura vegetal de campos ou pradarias, e o relevo de colinas suavemente onduladas, chamadas “coxilhas”. O clima predominante é o subtropical. No séc. XVIII, os colonos luso-brasileiros já praticavam a pecuária extensiva na região. Nas últimas décadas, culturas mecanizadas de soja e trigo passaram a ocupar espaços cada vez mais significativos. A pressão das atividades econômicas em áreas de solos

arenosos e suscetíveis à erosão tem provocado a formação de areais que substituem campos e cultivos em muitas áreas.

Domínio das Araucárias: Ocupa os planaltos interiores da região Sul do Brasil, nas áreas de clima subtropical, que apresenta as médias mais baixas do país e grande amplitude térmica, fatores limitantes para a biodiversidade deste domínio. A Araucária, espécie de conífera, também é encontrada nas porções mais elevadas dos planaltos da região sudeste, onde ocorre clima tropical de altitude.

Formação vegetal mais homogênea do que as florestas tropicais, a mata de araucária abriga espécies como a imbuia, e muitas vezes, ocorre associada a área de campos. De acordo com o IBAMA, restam cerca de 4% da área original da mata de araucária. A devastação foi relativamente rápida, associada à exploração da madeira, o pinho, a partir do século XX, com a chegada dos colonos europeus à região, e, posteriormente, ao intenso desenvolvimento da agricultura nos férteis planaltos de terra roxa do sul do país.

Faixas de transição: São paisagens de exceção que surgem como corredores entre os domínios, misturando características daquelas que o cercam, ou mesmo possuindo aspectos muito diferentes dos domínios ao redor.

Pantanal: É uma extensa planície inundável localizada entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e sua vegetação é bastante variada. Formações de campos recobrem boa parte da planície quando as águas baixam durante o inverno, a estação seca. Nas áreas mais elevadas predomina o cerrado e junto às margens dos rios, formam-se matas de galeria, corredores de florestas tropicais. Durante o verão as chuvas provocam inundações de aproximadamente 80% da planície. As principais ameaças ao Pantanal são a caça e pesca ilegais, a extração mineral, a pecuária extensiva e a agricultura moderna

que vem se expandindo fora da planície, mas causando assoreamento e contaminação dos rios.

Mata de Cocais: Ocorre na área de transição entre os domínios amazônico, cerrado e a caatinga,

particularmente no Meio-Norte nordestino, entre os estados do Maranhão e do Piauí, embora se estenda por trechos do Ceará e Rio Grande do Norte. Predominam espécies de palmeiras como o babaçu, a carnaúba e o buriti, que é a maior palmeira nativa do Brasil. O clima é semiúmido. O aproveitamento econômico dos Cocais é bastante tradicional, e muitas comunidades estão organizadas em função do extrativismo vegetal.

Manguezais: Estendem-se pelas áreas protegidas da costa brasileira — baías e estuários — entre o Amapá e Santa Catarina. Característicos das planícies litorâneas sujeitas às oscilações das marés, onde se misturam a água doce dos rios e a água salgada do mar, os manguezais possuem solo lodoso rico em sedimentos e matéria orgânica, mas pobre em oxigênio. Estas características exigem mecanismos de adaptação das espécies vegetais do mangue como raízes que retiram oxigênio do ar (pneumatóforos) ou que partem do tronco para auxiliar a sustentação.

Os manguezais têm grande importância ecológica, servindo de área de reprodução e/ou alimentação para inúmeras espécies do mar e do continente, desempenhando um papel fundamental na cadeia alimentar. Os manguezais sofrem ameaça de degradação devido ao lançamento de esgoto, a expansão das áreas urbanas, os empreendimentos turísticos e as instalações portuárias, além do crescimento da criação de camarões (carcinicultura), principalmente, no Ceará e na Bahia.


PARA SABER MAIS

Assista ao vídeo Vegetações do Brasil no Canal Brasil Escola

Ele tem 5 minutos e 57 segundos.


ATVIDADES - SEMANA 1


Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.

ATIVIDADE 1 — Responda as questões abaixo:

a) Que fatores contribuem para a distribuição da vegetação na superfície terrestre?

R:


b) A biodiversidade brasileira é tão grande quanto o nosso território. Quais os principais motivos para tanta diversidade?

R:


c) De todos os domínios morfoclimáticos apresentados, qual possui a maior diversidade? Porque?

R:

ATIVIDADE 2 — Leia o trecho abaixo e responda as questões:

“Pantanal: estende-se, no território brasileiro, por 140 mil km2 dos estados de Mato Grosso do Sule Mato Grosso, em planícies sujeitas a inundações. No Pantanal há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. O Pantanal, portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e que também abriga fauna muito rica. Esse bioma vem sofrendo diversos problemas ambientais, decorrentes principalmente da ocupação em regiões mais altas, onde nasce a maioria dos rios. (...)”

Sene, E. de.; Moreira, J. C. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização – São Paulo: Scipione, 2013.

O Pantanal é um bioma muito rico em biodiversidade, essa característica faz dessa região um dos destinos do turismo ecológico no Brasil. Escolha um problema socioambiental que ameaça o bioma e destaque uma causa e uma consequência da sua ocorrência.

R:


ATIVIDADE 3 — Complete o quadro abaixo e faça pesquisas complementares quando necessário.


ATIVIDADE 4 — Com base no gráfico abaixo, quais são as condições necessárias para a ocorrência de floresta tropical?

R:




Figura 1: ODUM, E. P. Ecologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1988. p. 351.


SEMANA 2 - TEMA: FORMAÇÕES VEGETAIS ABERTAS E SEMIABERTAS: CERRADO E CAATINGA

Nessa semana você vai avaliar como os biomas do Cerrado e da Caatinga vem sendo

apropriado pela população brasileira, identificando as práticas realizadas nas regiões, bem como as ações de conservação dos biomas.


FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS...


Vamos aprofundar sobre os Domínios Morfoclimáticos da Caatinga e do Cerrado...

O domínio morfoclimático da caatinga compreende um espaço de domínio do clima semiárido, irregularidade sazonal das chuvas, colonizado pela formação vegetal da caatinga e situado na região Nordeste do Brasil — área fisiográfica denominada sertão nordestino.

O clima semiárido está caracterizado pela escassez de chuvas durante um período longo de seca que pode chegar até sete meses. O total pluviométrico anual varia entre 400 e 800 mm e apresenta temperaturas anuais elevadas e relativamente constante entre 25 e 29 °C. A explicação para a ocorrência do clima semiárido no Nordeste do Brasil é complexa, isso se deve a atuação da massa Equatorial Continental nas depressões interplanálticas nordestinas, além da atuação da massa Tropical Atlântica, no inverno influenciando as condições meteorológicas da zona da mata enquanto os ventos chegam

pouca umidade no sertão.

A vegetação da Caatinga é caracterizada pela presença de vegetais de porte arbóreo, arbustivo e herbáceo que apresentam mecanismos morfológicos e fisiológicos adaptativos às condições de seca prolongada como folhas pequenas e espinhos. Dentre as espécies típicas da vegetação de caatinga pode-se citar a macambira, a jurema, o umbuzeiro, e as cactáceas como o facheiro, o mandacaru e o xique-xi-que. Durante o período de seca prolongada, a caatinga torna-se acinzentada em razão da desaceleração das funções fisiológicas dos vegetais que perde suas folhas. Quando as primeiras chuvas ocorrem

possibilitam o reverdecer da cobertura vegetal em razão da restauração das funções da fotossíntese em razão da presença de água no solo associada a luminosidade. No domínio morfoclimático da caatinga, em razão das peculiaridades climáticas, a rede hidrográfica está caracterizada pelo predomínio de rios intermitentes e efêmeros. No período de seca prolongada o lençol freático se aprofunda e deixa de alimentar os rios, tornando-os secos. No leito seco dos rios, muitas vezes, são utilizados como vicinais

e/ou áreas de cultivos temporários. Outras vezes, a pequena quantidade de água que se acumula no solo, em subsuperfície, através da escavação do leito, possibilita a obtenção de água para utilização doméstica e para pequenos cultivos de vazante. No domínio da caatinga, o rio São Francisco mantém a perenidade do seu curso em virtude das chuvas ocorrentes em suas cabeceiras que concorre para manter o volume de água mesmo na estação seca prolongada. Este rio possibilitou a construção de grandes usinas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica na área do domínio da caatinga como Paulo Afonso, Sobradinho, Itaparica, Xingó, dentre outras. A caracterização dos problemas relacionados à econômica é influenciada pela irregularidade das chuvas e pela intermitência dos cursos d’água, além da seca edáfica, que dificulta a produtividade da agricultura e da agropecuária, agravando a pobreza e a miséria. No domínio morfoclimático da caatinga, a produção econômica é dependente da estação chuvosa e está caracterizada pelo predomínio da agricultura temporária (mandioca, milho, palma, feijão),de lavouras anuais e da agropecuária extensiva, muitas vezes praticada na caatinga arbustiva, onde destacam-se os caprinos e ovinos como os rebanhos que suportam as peculiaridades da semi-aridez climática.

Em algumas áreas de maior umidade, a produção agrícola permite a comercialização dos produtos em feiras livres nos núcleos urbanos.

A implantação de rodovias e estradas e o estabelecimento das feiras como atividade econômica importante deu origem a uma hierarquia urbana com cidades de expressão regional como Feira de Santana (BA), Caruaru e Garanhuns (PE). Os inúmeros problemas sociais como o desemprego originam um êxodo de nordestinos para núcleos urbanos de outras regiões do país servindo de mão de obra barata, além da migração de transumância, principalmente para a zona da mata, para trabalhar como mão de obra temporária na colheita de lavouras anuais como a cana-de-açúcar, no período de seca prolongada.


O domínio morfoclimático dos cerrados está situado em áreas do território brasileiro compreendida pelos chapadões centrais, constituído de polígonos irregulares. O clima dominante é o tropical quente com uma estação seca alternando com estação chuvosa. Na área core do cerrado, o período seco ocorre de cinco a seis meses no ano enquanto que seis ou sete meses é a duração da estação chuvosa.

A temperatura média anual é variável caracterizando a existência de amplitude térmica sazonal, pois a temperatura mínima varia entre 20 a 22 °C enquanto que a máxima está entre 24 e 26 °C. As características climáticas propicia a redução significativa da umidade do ar durante o inverno seco, apesar de na parte subsuperficial do solo haver reserva hídrica em decorrência da estiagem sazonal. No período seco ocorre uma oscilação do lençol freático variando entre 1,5 a 4 m, porém alimenta as raízes da vegetação lenhosa dos cerrados.

Os Latossolos são os solos predominantes e apresentam características como intensa lixiviação, ácidos, baixa fertilidade química encontrado num ambiente onde predomina o intemperismo químico sobre rochas cristalinas (basaltos) e cristalofilianas (gnaisses, micaxistos,quartzitos) e sedimentares (arenitos, siltitos) com presença de crostas lateríticas e stone lines.

A vegetação do cerrado é penetrada por floresta-galeria com variações florísticas de composição diversificada padrões regionais de cerrado e cerradão na área nuclear dos interflúvios e nas vertentes suaves.

A homogeneidade das morfologias características do domínio dos cerrados corresponde a maciços planaltos de estrutura complexa com superfície de cimeira aplainada, além de planaltos sedimentares compartimentados com altitude variável entre 300 e 1 700 m com feições morfológicas diversificadas chapadões sedimentares e chapadões de estrutura complexa.

A área core deste domínio morfoclimático ocorre no Planalto Central Brasileiro. Os bordos dos chapadões apresentam campos limpos.

São áreas de cristas quartzíticas e xistos, mal pedogeneizados, com forte dissecação.

A floresta galeria está situada no fundo aluvial dos vales de porte médio e grande nas planícies de inundação. Os sulcos da cabeceira das sub-bacias há vegetação ciliar.

As veredas são corredores herbáceos situados nos bordos da galeria florestal, no setor aluvial central das planícies situadas no fundo lateral das planícies de inundação. Nesse domínio morfoclimático os cursos d’água principais e secundários, porém algumas drenagens menores no período seco caracterizando uma intermitência sazonal. Apresentam-se perenes. O padrão de rede de drenagem das sub-bacias hidrográficas podem apresentar-se subparalelo a dendrítico. As ações antrópicas degradam os cerradões formados por florestas baixas de troncos relativamente finos compostos por processos naturais de adensamento de velhos estoques florísticos de cerrados quaternários e terciários. Os cerradões e cerrados apresentam enclaves de campos tropi-

cais e de pradarias mistas subtropicais de planalto (Mato Grosso do Sul).

Os vegetais do cerrado apresentam um pseudoxeromorfismo evidenciado através de aspectos morfológicos como tronco e galhos retorcidos, folhas grossas e ásperas, árvores esparsas, casca grossa, raízes longas, dentre outros. Estas características da flora do cerrado são resultantes da adaptação às características do clima e dos solos submetidos a sazonalidade das chuvas. Com a expansão agrícola promovida por projetos governamentais e a construção de Brasília intensificou-se a ocupação do domínio morfoclimático dos cerrados.

As formações vegetais foram devastadas em razão do desmatamento desenfreado e da substituição da mata nativa por agropecuária e pela monocul-tura intensiva (soja, milho, algodão), além da intensificação da urbanização. Os problemas ambientais do domínio dos cerrados é consequente do uso intensivo dos solos, do desmatamento, das queimadas e da utilização de agroquímicos que propiciam a degradação e a redução da fertilidade dos solos, a extinção de espécies da fauna e da flora nativas, a descaracterização da paisagem através de processos erosivos como as voçorocas que se instalam em razão da intensa mecanização agrícola.


PARA SABER MAIS

Assista ao vídeo Vegetações do Brasil: Cerrado e Caatinga no Canal Brasil Escola no link < https://www.youtube.com/watch?v=YCOEtETVH6Q > com duração de 8 minutos e 32 segundos de duração.


ATVIDADES - SEMANA 2

Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.


ATIVIDADE 1 — O Domínio Morfoclimático do Cerrado é a região que mais sofre com queimadas, desmatamento, e com a agricultura que utiliza agrotóxicos. Porque esse domínio morfoclimático atrai tantas atividades econômicas?

R:




Leia o trecho e analise a tirinha para responder às questões 2 e 3.

ONG alerta para necessidade de conservação do cerrado

[...] Coordenador do Programa Cerrado-Pantanal, do WWF Brasil, Júlio César Sampaio da Silva, avalia o desmatamento como uma das grandes preocupações ambientais. “Nos últimos 50 anos, o Cerrado perdeu praticamente metade de sua área natural. Claro que essa perda deu lugar a plantações, gerou produção na região central do Brasil, criou cidades e estradas. Entretanto, mantido esse ritmo, em 50 anos não teremos mais Cerrado para conservar”, disse Sampaio [...].


ATIVIDADE 2 — Qual o principal problema ambiental sofrido pelo bioma Cerrado? Quais as causas de sua ocorrência?

R:




ATIVIDADE 3 — Quais medidas podem ser tomadas para a conservação do Bioma Cerrado?

R:



ATIVIDADE 4 — Observe a imagem.





https://mundoeducacao.uol.com.br/

A imagem representa um impacto ambiental que vem ocorrendo no domínio morfoclimático da caatinga. Qual o nome desse fenômeno? E qual atividade econômica favorece a sua intensificação?

R:




ATIVIDADE 5 — A caatinga é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro, sua área corresponde a 10% do território nacional, sendo o bioma predominante da região Nordeste. Quais os estados em que a caatinga está presente? A caatinga, ao contrário do que muitos imaginam, possui grande diversidade biológica. Caracterize a fauna e a flora da caatinga. Quais as principais atividades econômicas desenvolvidas na caatinga?

R:





ATVIDADES - SEMANA 3 VEM AÍ




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